Até 27 de abril, a Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF)
Chapéu do Sol, no bairro Chapéu do Sol, realiza a 1ª Semana Indígena, com
programação repleta de passeios, sessões de vídeo comentadas, rodas de
conversa, oficinas e exposição de arte e legado indígena. As atividades
iniciaram no dia 13 de abril.
Também como uma homenagem ao Dia
do Índio, a abertura oficial do evento ocorreu na quinta-feira, 19, com
visitação à exposição, realizada na biblioteca da instituição, e almoço. A
mostra, que reúne cerâmicas de índios Kaigangs, letras de músicas Tupi-Guaranis,
cachimbos e animais em miniaturas, esculpidos por índios brasileiros, “faz
entender que a cultura indígena está presente no nosso cotidiano, por meio de
bijuterias, alimentos e palavras, e que isso faz parte de nós como comunidade”,
comentou Patrícia Antunes Russo, coordenadora das atividades do evento e da
Companhia Ambiental Chapéu do Sol, o LIAU.Fotos
Além disso, as ações têm como
intuito fomentar reflexões sobre questões relacionadas às leis, que determinam
a obrigatoriedade do ensino das culturas africana, afro-brasileira e indígena
nas escolas do país. Assim, “a ideia é criar atividades dentro do calendário da
escola, e trabalhar durante o ano todo com os materiais que também existem
aqui, não delimitando datas específicas para abordar temas indígenas ou do
negro”, disse Edianie Bardoni, vice-diretora e coordenadora do Grupo Cultural
Baobá, organizador do evento.
Na tarde de quinta-feira, crianças do 2º ano (equivalente à antiga
1ª série) assistiram à sessão do vídeo “Abaré”, palavra que em Tupi-Guarani
significa amigo. A atividade foi guiada por monitores e participantes do LIAU,
entre eles os alunos Shascqya Porto da Silva e Júlio Cezar Borges da Silva.
Logo após, Dener Leonardo Azambuja, 6 anos, e seus coleguinhas se divertiram
criando flores, índios, entre outros desenhos, com argilas coloridas em folhas
de papel. O jovem, que já tinha aprendido o significado de “abaré”, também
explicava que os índios pintavam com argila, pois não possuíam outro tipo de
tinta.
Na sexta-feira, 13, 26 alunos que fazem parte do LIAU, entre
outros do 1º ciclo do ensino fundamental, visitaram a aldeia Charrua. Na
bagagem, trouxeram várias experiências, além de camisetas pintadas à mão por
eles mesmos. Shascqya, 12 anos, estudante do 8º ano (equivalente à antiga 7ª série),
contou que gostou muito de conhecer os índios, suas vestimentas, percorrer
trilha na mata, e comer alimentos típicos. Já Júlio, 13 anos, do mesmo ano,
falou que um dos índios mostrou para eles vários animais, e que jogaram
futebol.
Ao longo desta semana 23 a 27/04,
a EMEF Chapéu do Sol abrirá a exposição para a visitação de outras
instituições. Entre as que já confirmaram presença estão as EMEFs São Pedro,
Presidente Vargas e Professor Anísio Teixeira. Além disso, a EMEF José Loureiro
da Silva receberá integrantes da Chapéu do Sol, quando monitores realizarão
atividades, exibirão vídeos e coordenarão oficinas de tinturas.
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